A
esperança é a última que morre, e também é bem verdade que tudo o que demora
tende a ser melhor e mais duradouro. Comecei nessa jornada do herói com a
Pendragon dia 5/9/2023, após pesquisar bastante sobre editoras e, mais especificamente,
aquelas especializadas em fantasia. Já tinha também me passado o tempo de
introdução (guardem bem essa palavra) e o receio de, finalmente, dar
continuidade aos trabalhos.
Em
6/10/2023, data em que fez muito calor aqui em B.H e eu já estava mais
tranquilo com a notícia que não recebia, olhei no meu e-mail como quem não quer
nada e lá estava a confirmação que queria; e também naquela manhã recebi um
comunicado muito auspicioso sobre outra coisa relativa a trabalho, pelo
WhatsApp. Tinha conseguido! Passado pela façanha de achar uma editora no Brasil
(que a gente sabe que não é fácil), e... o mundo conheceria Amjstérd em um
futuro mais próximo. =]
Pensei em “tempo de
introdução” logo atrás pois vejo esse processo de publicação de livro como uma
jornada do herói, e comparando ainda mais com meu romance, a editora seria uma
figura que me “guiaria” nessa minha saga, tal como um treinador ou treinadora.
Aberto
esse portal (rsrs, só depois de ter mesmo de colocar o título da obra que fui
pensar em “crônicas”; tique próprio de sempre titular histórias no final),
fechei um ciclo como os psicólogos falam e fui enfrentar novos desafios e
monstros, criando o ‘roteirizar.ddf’ e ficando então mais por dentro de uma
cultura literária, que desde sempre vi com hobby.
Quem
acompanha, sabe que muitas postagens não são específicas da obra e falo muito
de outros livros e romances que me inspiraram e que tenho o prazer de conhecer.
Não somente palavras escritas, mas também aventuras jogáveis, que vão desde contos,
lendas ou estratégias e óticas que podemos tirar do jogo de xadrez, às
motivações que sinto quando jogo os claros Pokémon, Magicka, Sorcery, passando pelo
Hogwarts Legacy e indo para os mais sombrios, tipo Elden Ring e Dark Souls. Essas
Literaturas que muitos hoje em dia cresceram também enfrenta seus particulares
desafios, pois como foram criadas primeiramente para entretenimento não podem
estar presentes em escolas e pesquisas de faculdade. Mas isso, como diria eu
mesmo, é uma história para um outro dia. ... A gamificação já está
introduzindo-se em contextos escolares! Desculpe, mas dei esse rolê todo para
falar do último “livro jogável” que coloquei na lista. E essa é a deixa também,
para enfrentar um necessário ponto meu e colocar o que vocês logo verão:
(calmamente, ponho meu colar de girassol
no pescoço)
Esse
objeto, para quem não sabe, é um indicativo de pessoa portadora de deficiência
oculta. De nascença tenho essa condição, e a única coisa que sei mais a fundo
sobre organelas citoplasmáticas devo ao fato, rsrs. Minhas mitocôndrias, que
fazem respiração celular, vieram um pouco paradas e, tudo o que depende de
músculo é mais demorado para mim. Andar, carregar mochila de estudante nas
costas, equilíbrio e agilidade normais do desenvolvimento, .... Tive desde
sempre de exercer minha paciência. E... era difícil e chato. Muitos finais de
semana gastava repassando lições nos cadernos, na adolescência e seus anos
finais não acostumava a sair e isso me fez uma pessoa mais caseira, e por aí
vai... Agora, hoje, já aceito isso mais de boa, e opto pelo termo “condição”,
pois felizmente não é regressivo. Estamos no mesmo mundo e faço desse parágrafo
também um pedido de respeito e visibilidade para outras “condições adversativas
diferentes e/ou fora do padrão” das outras pessoas, pois é também com a
diferença que aprendemos. Voltando para meu quadro; fisioterapia, aulas de
dança, canto, academia, ..., e estou me desenvolvendo nessa jornada do herói.
Como disse em live, a gente se completa.
E é aí
que enxergo a importância de Dark Souls, especificamente o II, para minha vida.
Iniciei minha odisseia em maio de 2.015, e, na mesma sexta-feira, morri nos
chacais do Altar Encantado; monstros que de primeira não fazem nada com você.
Falecia incontáveis vezes no tutorial e início, meu afã por novas aventuras me
fazia criar vários characters, e... persistia no jogo, pois talvez aprendi com
o meu passado a não desistir. O que estou gostando porém, tendo a enrolar, e só
fui chegar ao castelo de Drangleic, tipo o final da primeira parte do jogo, no
meio desse ano pra cá. Isso porque, como quem viu um story meu já sabe,
encarei um grande desafio para mim de não morrer!
... É... não foi tão romântica
essa história assim e tive de jogar com um morto-vivo para abrir as “portas da
esperança”, e outras classes focando em diferentes atributos que jogo aos
poucos, os quais estes ainda estão no início. E... tá sendo muito interessante!
Porque inspirei uma personagem minha em alguém que poderia conhecer, jogava há
muito com um clérigo que se certificaria que ela ficaria “presa” naquele
universo, depois minha motivação com Harry Potter me fez visualizar alguns
personagens lá, e mais contemporaneamente, jogo com dois characters chamados
HOSAT (Criatura Divina), e até levei o Apolo Volman para a aventura, um esboço
que seria um antecessor dele, e até mesmo eu no jogo. Vamos ver no que vai
dar...
Com o meu desenvolvimento,
também me deparando com monstros e desafios às vezes até maiores, espelho em
Dark Souls essa minha própria jornada. Por isso que gosto tanto do jogo, e já
estou morrendo só por queda agora, olha que legal! Não fico mais tão apavorado
com as coisas feias e o suspense na tela, e estou reformulando minhas
estratégias... treinando a paciência quanto ao futuro e às incertezas.
Recentemente
os autores da editora, da qual eu faço parte desde outubro do ano passado,
receberam uma notícia triste. Fiquei meio em dúvida sobre o emprego do verbo
nessa frase, pois estou tratando de duas pessoas do discurso distintas; mas
isso não passa de um leve erro gramatical, kk. O que, infelizmente, não é leve
o que nós estamos passando! E, novamente, não somente os autores, como também quem
contribui mais diretamente para manter a marca no mercado. Infelizmente também
somos pessoas e é um exercício difícil não querer achar um culpado nessas horas,
mas aqui uso os amsterdinj (ser ou criatura que nasce em Amjstérd) para
continuar no trabalho acreditando que a culpa não é de ninguém em específico, e
que o caso poderia ter sido diferente apenas com um pouco mais de
administração. Usei Dark Souls também (apesar de, claro, não ser literatura...),
e resolvi abrir a minha condição aqui, para tentar transmitir ideias de
paciência e de persistência. Fatalmente, todos estamos sujeitos a nos deparar
com provações e obstáculos ao longo da vida, e... dizem os Biólogos que lidar
com bicho é mais fácil do que lidar com gente, ha-ha. São muitas vidas, e
amplos passados envolvidos; não que nas criaturas também não se vejam (o que é
um interessante e legal tópico de estudo em Amjstérd).
Então,
para quem chegou a adquirir Crônicas de Portais – Chegada à Amjstérd,
agradeço imensamente a oportunidade e confiança de viajarmos juntos, a conhecer
Terras e culturas para além dos portais! O site infelizmente está fora do ar e
os exemplares não estão mais à venda. Ainda não sei quanto ao futuro dos livros
e não quero me precipitar. Mas, há sempre um amanhã, e uma vez passado esse delay,
essa “tela de loading” para continuar sempre nas comparações, torno a
pedir a confiança e a sua ajuda para chegarmos à Amjstérd, seja por outras vias
ou pela mesma renovada; conhecendo tramas inovadoras e nos maravilhando com
personagens e histórias cativantes. Um romance para sonhar e se sentir bem, na
esperança que devemos ter de dias melhores.
Continuarei
fazendo as minhas postagens no ‘roteirizar.ddf’ falando sobre Literatura e
autores e autoras que fazem dessa uma super e implacável arte, tão companheira
e necessária para todos nós. Aqui no blog seguirei no garimpo de textos e
escritos do meu passado, ocasionalmente criando aventuras novas em um formato
menor. O universo amsterdinj traz novidades também, e, tal como um jogo de
mundo aberto, histórias se expandem nestas sequências.
Por isso também que esse aprendiz-autor
tem fascínio com lógica, objetividade, e pessoas sérias. Por outro lado, também
acho que a vida por si só é “normal demais”, e têm de existir pessoas criativas
e que fazem piada até com desgraça... Mas do mesmo jeito que não podem faltar gente
“que vai direto ao ponto” e até aquelas com cara mais fechada e que
dificilmente sorriem. É um absurdo... concordo com vocês. Mas somos humanos,
com muitas vidas e amplos passados envolvidos; haveria de se equilibrar a
balança de alguma forma.
O acaso foi ocasionado pela casualidade
casual da causa de uma falta de administração mais rígida. Já todo o resto: a
capa, marketing, histórias e aprendizados compartilhados, revisão e
diagramação, foram, como diriam os antigos, um bijú! Voltando porém, a culpa
não é de ninguém em específico e eles não agiram de má fé para que se
culminasse nesta causa causal acusativa casual ocasional de uma grande oração
subordinada adversativa conclusiva final. A acordar todo dia e a desvendar os
mistérios misteriosos desse misterioso, humano e motivador mistério chamado
vida, seguimos. Pois, comparado ao final do texto também, a festa passa rápido;
o melhor então é esperar. A gente é pequeno frente ao mundo; e esperamos cerca
de sete meses pra nascer, uai. E como diz, dessa vez a música, quem acredita
sempre alcança.
Davi Dumont Farace.
2/10/2.024 - 10/10/2.024