sexta-feira, 16 de agosto de 2024

O jardim

 

Nada sei...

    Eu tenho um jardim, mas não posso vê-lo

     Eu tenho uma casa, mas não posso habitá-la

      Tenho eu uma janela, pela qual não posso olhar o amanhecer da alvorada

        Mas graças a Deus tenho você que me ensina a olhar adiante

                   E seguir...

 

  Como a vida pode ser tão bela se olhar da janela

    No íntimo de cada alma humana

   Ou não

      No íntimo de cada coisa, de cada objeto

               Vejo uma alegria que

            Às vezes se renova

             Às vezes cresce

                 Às vezes se compadece.

 

  Acho, não sei

                                             Em meus delírios de eterna alma vagante

   Que muita vida ainda pode ser vivida

 Aqui...         lá..         em qualquer lugar.

 

  Existem ainda muitos heróis na Terra

  Não precisam ter poderes fantásticos como Harry Potter ou Percy Jackson

       Não precisam ter origem no sagrado Monte Olimpo como Hércules e Perseu

  Somente precisam ser mais humanos para com o mundo,

 Pois não quero, não posso e não espero

Que a vida seja feita de ilusão

           Mesmo que alguns tenham que reaprender...

                                         Como se abrem as portas do coração.

 

 Fecho os olhos, tranco a mente, mas abro a alma

     Aquela mesma, de alguém que sonha por mim

            Daquele que posso contar nas batalhas

     Nas derrotas

            Nas ressurreições

        Aquela que nem eu mesmo sei se vou encontrar

        Penso que ela está tão longe

          Não voltará jamais

        

                    E quando beberdes deste cálice eterno

            Dum elixir que não sei se pode ser

               Dum perigoso monstro que você acorda um dia ao alvorecer

          Ou dos anjos da amada Terra que suas assas se partiram

              Verás que tudo o que queres

             Amores, dinheiro, fama, alegrias mil

                                 Muitas pessoas, um dia com certeza vai achar

       

     Não sei, quem sabe, só por um vago momento,

                 Por uma vaga estrada, por um largo caminho

                  Por um instante poético de vaga iluminação

   Talvez naquele último sorriso

          Naquela última vida

                Naquele derradeiro lamento

      Tudo

              Tudo

                      Canso-me de tanto tudo

      Mas um dia sei que posso em ti confiar.

 

             Planto sementes, colho frutos

       Frutos estes que seus perfumes exalam no ar

         Em meio a tanta discórdia

          Tanta desigualdade

              Tanta violência

Ainda colho frutos

 Planto emoções, recebo corações

 De vocês que eu nem sequer conheço

  Mas valorizo o doce som

  Do amor platônico

          Da amizade verdadeira

       Das gotas da chuva...

 

           Podemos abrir de novo a caixa de Pandora

       Renovar a esperança de um dia melhor

          Pois

       Em todas as galáxias, planetas, biomas

         HogwartsAmistérdPasárgada, vasta Terra...

         Existe alguém nos esperando

 

                Eu tenho um jardim

  Onde planto flores de alecrim.

 

                                   Davi Dumont Farace.      23/07/2.010

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