Jornada Do Escritor - Tempos primarios
Olá! Em
audível e bom português-brasileiro dizemos <bom dia>, <boa tarde>,
<boa noite>; em inglês fala-se <good morning>, <good afternoon>
e <good nigth>; já na língua japonesa isso é a meu ver um pouco mais
elaborado, com <ohayou gozaimasu (おはようございます)>, <konnichiwa (こんにちは)> e <konbanwa (こんばんは)> ou ainda <oyasuminasai
(おやすみなさい)> dependendo do
contexto. E o título do texto de hoje "tempos primarios" ficou
faltando um acento agudo para se configurar gramaticalmente em sonoro e bom
português. Mas... desculpe-nos. Tal fonte que o escritor optou no título não
prevê acentos, apenas sinais de pontuação. ...Eu sei... eu também não gosto de
fontes que não sabem o que é um simples "cê cedilha" ou "a com
acento agudo", mas biologias e ecossistemas de raposas são diferentes,
ora. E, sentem porque vão cair pra trás: ao olharmos o tanto de caractere e
símbolos diferentes de nossa primeva língua maga. Uhhhh! Eu estou muito
empolgado!
Então,
quando essas letras mudam seu fenótipo... já sabem que o tom será outro. E essa
fonte "mais normal" parece combinar exatamente bem com esse período
de vida daquele que nos criou. Conheçam (a)ms,
o código dito muito antigamente por alguns "amaldiçoado" porque fora
nesse no qual fomos re-alfabetizados, sendo por assim dizer a nossa querida
<língua divina>.
O
queriiiiida língua divina foi o duende novamente dando seu pitaco. E, por sinal, já escolheram o
meu nome? O ato de nomear as coisas e seres e criaturas é importante; e não
posso ficar me referindo como < ... ... ... ... > a vida toda. Pois bem,
já sabeis (agora usei outra pessoa do
discurso para modificar o verbo, kk!) que <querida> é um adjetivo que se usa
para denunciar carinho, mas no meu caso, e também no caso dos magos, isso
transpassa as ideias de carinho + respeito com a coisa. Com certeza vocês não
desejariam viver contemporâneos aos Deuses, ou quem sabe apenas optariam por
chegar em Amjstérd portas depois. Então, (falo ou
penso muito <então> em um mesmo parágrafo. Desculpem! Mas é que as ideias
se conectam... estou muito empolgado e tal... ((valha-me Deuses, eu não viveria
bem nos seus tempos))) nossos pais eram cruéis! Em comparação, eu não sei quem era mais malvado...
se foram os Deuses de minha Terra, Amjstérd; ou quem sabe o panteão grego, que
também, apesar de bonitos, convidativos aos olhos e tudo mais, não eram flor
que se cheire! <Flor que se cheirasse>,
<flores que se cheirassem> ?! A Gramática é uma arte! Essas raposas...
Ec
yeèsh... E assim esses Animais nos agraciaram com sua vida e idiomas. Se bem
que, deveria falar essa frase no singular: melhor dizendo então, E
assim o Animal nos agraciava com sua vida e seu idioma. Disse, <o
Animal>, com <a> maiúsculo, e no singular, porque... falei que,
realmente agora, <aqueles que nos criaram> "tinham caras de poucos
amigos..." Então, imagine você: servos do Deus Pégaso do Ar não podiam, de
forma alguma, comunicar-se com servas da Deusa Fênix do Fogo. Era um verdadeiro
apartheid! Se isso não for
preconceito, eu não sei o que é.
Os
filhos do Cavalo de Ar eram únicos, assim como as filhas do Passarinho de Fogo,
como já falei aqui. ainda que <passarinho>
nesse caso tivesse sido melhor entendido <passarinha> (mas coloquei
naquele gênero porque poderia soar diferente para a gramática) Já que entramos nessas
interessantes questões, as renascidas pela Dona Peixe da Água não batiam boca
com os renascidos pelo Mestiço da Terra... E era tudo um apartheid, como falei. Só que, e assim
como no caso do adjetivo <querida>, uma segregação mágica; em que, mesmo se por
algum acaso ou evento encontrassem, as Poções do Esquecimento estavam lá para
bebermos e esquecermos do date fatal.
Aí tudo voltava na paz! Na boa e predominante calmaria. Em um guerra fria! Pra
rimar!
E...
vocês reparam no "ec yeèsh" não é? Então, língua é uma eficaz forma
de dominação; e eles mantinham os contextos assim para mostrar poderio e nos
colocar pequenos. Éramos como analfabetos funcionais. Reproduzíamos os sons e
os mandos de nosso clã sem contestar, oportunizando uma guerra sem precedentes
e uma imposição de domínio mais fácil.
E assim
decorreram-se longos anos, e mesmo após nossos Pais "derem
um rolezinho para nunca mais voltar" (eu não achei que fosse
disponibilizar isso pra vocês por agora) continuamos "dando murro em ponta de
faca" e repetindo os mesmos desejos e erros daqueles que nos criaram.
Porque a vida é assim, não interessa se é em um mundo imaginário ou não. Somos,
ainda que briguemos que não somos, todos criaturas, e <criaturas> que,
mesmo que falem e consigam andar por suas próprias pernas, em pequena ou larga
escala respondemos aos anseios e dúvidas de nossos antepassados. Está tudo
interligado, e mesmo que, como um costume bem específico, criemos nossos filhos
em mágicas bolhas, de forma que fiquem isolados e sem qualquer contato ou
influência ao externo, de nada adianta a partir do momento em que estamos no
mundo. E, além do clichê e da verossimilhança, é um eufemismo bacana dizer,
fazemos parte da História.
Tão fazemos parte que mesmo em guerra fria
<aquele que nos criou> não parou em seu caminho escolhido. Começou a
faculdade escrevendo e reescrevendo o que pensava na adolescência de seus 15
anos, mas depois as disciplinas e o rigor foram outros e deixou nossa saga em stand by. Deixou aguardando, porém não
em <banho maria>, porque vez ou outra acrescia essa ideia com novas histórias,
contos, relações entre mundos e culturas, e o grande desenvolvimento do idioma (a)ms, que seus estudos posteriores até
o fizeram pensar que existia um (A)ms Antigo, talvez com <(a)> em
maiúsculo porque se relacionava diretamente aos Deuses, e expressões novas,
velhas, e modificas e em modificação as quais se correspondem ao (a)ms moderno,
ou somente (a)ms, agora sem sua caixa alta.
E assim
se fez o tempo! Já passamos pelos tempos primevos
e, agora, pelos primários da escrita <daquele que nos criou>. Valha-me
Deuses! Só faltam então <os primeiros tempos> ou <os tempos
primeiros> para manter a concordância. Em (a)ms, dividimos o tempo em
<primevo>, <primário>, e <primeiro> (e eu não sei porquê
vocês não colocam vírgulo entre o penúltimo e o último termo, porque para mim
parece algo mais "junto" com essa conjunção aditiva <e>). O tempo é uma constante e
chega a ser mais furtivo que raposas, ora vejam só. Podemos pegar as <palavras>,
mas não capturar o <tempo> e fazê-lo voltar. Mas estou falando demais, e
isso é uma história para um outro dia.
E, isso é
tudo, pessoal! Até mais. Tudo de melhor!
(...)
NOMEIEM-ME!
Davi Dumont Farace 22-26/07/2024