Jornada Do Escritor - Tempos Primevos
Olá! Em
audível e bom português-brasileiro dizemos <bom dia>, <boa tarde>,
<boa noite>; em espanhol fala-se <buen día>, <buenas tardes>
e <buenas noches>; já na língua italiana isso é a meu ver um pouco mais
elaborado, com <buon giorno>, <buon pomeriggio> e <buona
sera> ou ainda <buona notte> dependendo do contexto. ...Sim! Concordo
com você. Esse poder misterioso da língua, seus enigmáticos e diferentes jeitos
de comunicar... podem fascinar a qualquer um com seus rápidos ou demorados
fones e fonemas, que correm ou apenas andam rápido como furtivas raposas do
vento. Vede! Imaginem essas lustrosas e lisas caudas dançando ao ritmo da nossa
comunicação! Posso vê-los, vocês podem me ver?
Desculpem-me.
Também não me apresentei. Ora, pois, pois... Sou eu, o duende < >.
Taí! Como vocês me chamam? Venho de terras longínquas... as quais sempre achei
que eram <longínguas>... E é bom conhecer, tal qual vocês nos conhecerão
em um futuro... que já podemos ver tal como vêm vindo os vapores da vastidão da
aurora e o revoar das cotovias em vias distantes! Pra quê tanto <v> na
penúltima frase? Vali-me de uma figura de linguagem e de licença poética. Valha-me
Deuses!
Mas,
vamos com calma! Vocês pessoas... parecem que querem tudo pra ontem igual...
alguns também de minha Terra. raposas levam tempo para se sentirem seguras a
dançar sozinhas ao vento; e raposas podem ter várias colorações... Para nós,
como artistas da natureza, transformam-se como desejam; e para vocês, sendo
ditos animais parentes, ainda que deveras e muito distantes, de golfinhos, (ora
vejam só!), renovam a camada mais externa da pele muitas vezes ao dia.
Mas
calma. Ainda não estamos aqui para falar de raposas, nem de coelhos, nem de lebres,
muito menos de golfinhos... Isso, como dizia o outro, "é uma história para
um outro dia". E talvez seja para outra data também vocês me nomearem. (Uhhhh!)
Estou muito empolgado para ver. Substantivos e escolhas lexicais estrangeiras
são assuntos fascinantes! Estes fascinam-me a viajar. Ainda que nossa gramática
a qual estamos inseridos por agora não requeira a preposição <a> após o
verbo <fascinar>, e foi um erro que cometi ao primeiro parágrafo.
Mas...
de que seria o mundo se não fossem os erros? Deixei passar o <podem fascinar
a qualquer um> por dois motivos: primeiro, observando as margens da página, pois
essas "raposas" ficariam um pouco mais distantes umas das outras, e
isso não me seria um equilíbrio auspicioso; segundo, pelas questões de licença poética,
também deveras auspiciosa e fluida em textos literários onde não é o foco a
gramática. Isso torna a vida até mais bela, e concede-nos o tempo que nos faz
necessário para dançarmos.
Como
dizia o outro também, mas esse <outro> não é o <outro> de antes, é
muito mais antigo... "recordar é viver". E que bom que mesmo sem ter
estado presente Há anos atrás... essas raposas contam-me coisas e
desenvolvimento que já como antes não se fazem mais. (Uhhhh!) Fiquei mais
empolgado ainda com essa rima entre <atrás> e <mais>, e com meus olhinhos
e sentidos um pouco turvos dada a escolha de <já como antes>. Mas, infelizmente
ou não... mas... sim. É felizmente sim. "O tempo não para!" Aproveitem
a infância e estas motivadoras e emocionantes descobertas da idade dos dez a
quinze anos. "O tempo, realmente, não para!" Tal como uma dança
que... ...Não, não vou voltar a esse tópico.
Creio
que... sim... Podemos a ele assim referenciá-lo. Apesar de que isso, se mal
interpretado ou deixar "o poder subir à cabeça" (a expressão tem
crase, nativos do idioma?) pode não ser, como diriam os hindus,
<auspicioso>. Perdão pela possível confusão em minha outra frase. As
pessoas daqui não gostam de verem cortados textos corridos por expressões e
jargão de fala do dia a dia. De onde vim as coisas podem ser bem expressivas,
devem gostar de ver. E isso sei que é "uma faca de dois gumes": de um
ponto introduzimos outro, e assim a dança se completa e a meu ver se torna mais
bela. (Passinho pra direita, passinho pra esquerda! Mergulhou!)
Agora, adoto uma
postura mais normal e sem tantas brincadeiras do povo de lá. E
isso se faz até no cerne das palavras! (Vejam se não dançam). Desculpem-me.
Adotando uma estratégia bem sensata e objetiva, vamos começar realmente o
texto; pois a introdução, (valha-me Deuses), termina aqui.
Aquele
que nos criou teve seu tempo de introdução aos 15 anos, ou um pouco antes disso,
pois não se via um percurso de "exatas" nele. Motivado pela história
de Harry Potter e o Cálice de Fogo,
pensou em como seria legal continuar tal aventura, e foi cada vez mais se
interessando por Literatura e assuntos mágicos, dando "asas à
imaginação" como uma dedicatória feita por sua mãe em Harry Potter e a Pedra Filosofal.
Gostava
da história e, como outros na época dele, tentava desenhar os cenários e os
personagens de J. K. Rowling, além de ir um dia a um viveiro de cobras no
zoológico e tentar falar parseltongue (a língua das cobras) pois cresceu com o
bruxo órfão (ambos, no Brasil, iriam fazer 11 anos naquele julho de 2000). Sua
imaginação fértil achava que um dia um gigante iria tomar chá em sua casa e ia
às sessões de cinema impressionado com os detalhes do filme e vibrando como um
aluno de Hogwarts nas cenas de Quadribol.
Aquele-que-nos-criou
(lembrando inusitadamente do vilão "você-sabe-quem"), conseguiu ler
"o Cálice de Fogo" em quatro ou cinco meses, e ficou surpreso em
acabar tão rápido, já que desde cedo demorava às histórias para conservar no
tempo a boa sensação que sentia no momento. Nem em minha Terra (e
isso é o duende falando, ha-ha), pode-se objetivar o exato dia que ele começou a redigir; quando a
Terra nem era Terra e não passava-se de uma escola, aonde o Torneio Tribruxo
era o Supremo Torneio de Duelistas Mágicos, ou STDM, o qual ele até criou uma
sigla em sua cabeça. Seria legal observar a data em que Aquele-que-nos-criou
pôs a ideia no papel, mas com certeza isso foi entre seus 12-15 anos, e a
história própria dele foi se desenvolvendo aos poucos.
E...
assim como o outro queria cristalizar boas sensações ao tempo, de pouco em
pouco vou acrescendo essa história, a fim de melhor ver e nos maravilhar com
essa Jornada Do Herói (com o <D> sim em maiúsculo porque faz parte do
processo, uai). Assim se sucedeu e assim sucederá! Nos primevos, primários e
primeiros tempos...
E
então, curtiram as letras diferentes e a inusitada história do duende? Como
você me nomearia? (Uhhhh!) Estou muito empolgado para saber! Vamos descobrir
juntos?
Como presente de <boa noite>, faço os presentes
lerem um poema, escrito pelo escritor, quando nossa Casa nem era nossa Casa. E,
isso é tudo, pessoal! Até mais. Tudo de melhor!
Davi Dumont Farace 12-16/07/2024
A.M.I.S.T.É.R.D.
Ainda
da tempo de achar o que se perdeu
Ainda
da tempo de se pensar naquilo que não deu
Ainda
da tempo de fazer brilhar teus olhos, que eram breu
Ainda
da tempo de reanimar teu corpo, que antes faleceu
Se, algum
dia pensarem, que o universo conspira contra vós
Lembrem-se
do pai e não agridam a nós
Pois
por aquele crime todo mundo paga
Dos
ricos aos pobres,
dos
animais às pessoas,
do
velho ao novo,
um dia
a luz apaga
Mares, vulcões, estrelas
e pedra de novo se separarão
Em
volta das luzes, as trevas cobrirão
E de
teus corações, almas se esvairão
Com os
anjos do juízo, preciosos fragmentos de joias buscarão.
Dos
quatro cantos da Terra,
as
pessoas na capela estão a rezar
Inutilmente, veem
os titãs que das cordas da vida irão se libertar
Para
varrerem o caos,
e um
novo caos os filhos bons irão amar.
Deuses
e Deusas no Olimpo vivem
outras
vidas, não sei, talvez existam
Nova
natureza, construções e filos,
novas
leis, flores, artes e rios,
novas
auras, caminhos e perigos,
novos, novas, novíssimos...tudo...
vida cega
e surda e muda dentro do ovo.
Quero, de
alguma forma, de alguma maneira
O mundo
mudar...
nas
asas prateadas de uma harpia voar,
para
finalmente minha hibris descansar
e dizer
a meu amor: -Aqui é o meu lar!
Davi Dumont Farace 13/08/2010.
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