(...) E então, o corpo de mais um dragão
tombou ao chão, fazendo respingar as poças d’água meio-turva que lá se espalhavam
pelo lodaçal. O cenário contrastava uma beleza agradável ao olhar com a
decadência realista daquele mundo sombrio: o palco atual era aberto, com
árvores ao Sul e rodeado por vegetação verde; mas, ao mesmo tempo, viam-se
paredes e antigas construções azuladas em ruínas, como se o lugar há muito
tivesse sido abandonado. Para enfim encontrar o tal lugar, o herói sem nome
teve de exigir muito de seu cavalo, e com destreza e agilidade saltavam sobre
grandes e perigosas plataformas, que em tempos de glória eram colossais e belas
pontes. Ainda que ele usasse mapas, e já suspeitasse que o objetivo repousaria bem
à frente da geografia mais irregular do terreno, a região era ampla, vasta, e
enevoada a fim de atrapalhar e confundir a visão. Vestígios de um passado de
prosperidade e sabedoria amontoavam-se por todos os cantos, e, devido ao
contexto e ao passar dos anos, seria natural que criaturas de variadas sortes e
tamanhos buscassem se refugiar ali. Para além das adversidades impostas pela
natureza, os Deuses pareciam querer colocar à prova o cavaleiro com tantos
inimigos.
A panorâmica e as sequências de cenas, que
se desenrolaram em realista e rigorosa caça ao tesouro, foram belas e dignas de
odes e engenharias narrativas que saltimbancos criariam para entreter o povo. Na
posição onde no passatempo infantil seria o X, a fera descansava inerte sobre a
vegetação úmida e rasteira, hábito que poderia denotar que não era uma criatura
tão hostil como as outras. Ao contrário de escamas, seu majestoso corpo ostentava
harmônicos e localizados cristais claro-esverdeados, “couraça” que lhe ajudava
a ocultar-se ao ambiente, harmonizando estrategicamente com a atmosfera
inebriante da região. O seu peso e a sua estatura, aptos a um voo destro e
ágil, lembravam o desafiante de seu primeiro obstáculo transposto, lá onde um
dia fora sua casa.
Porém, diferentemente das demais criaturas
dracônicas enfrentadas, ele tinha de passar sim por aquela prova para se
mostrar digno de entrar em outra cidade, e somente após mais alguns encargos,
reclamar a glória de penetrar aos véus gelados e assim continuar à sua verdade
vencendo dragões. Os olhos atuais, da cor lavanda com um toque suave de pedra
lolita, o miravam com olhar mágico e semblante altivo. Certamente, o embate
seria uma façanha bela e memorável. No entanto, dentre todos os anteriores, era
o que menos motivava o viajante — justamente pelo seu contexto: ousava adentrar
o terreno da magia, arte que ele desprezava por considerá-la impura e vazia.
v
Contudo, e como já era de se esperar, as
pupilas em tons roxo-claro à cabeça da ameaça acima perderam seu natural brilho,
e os elípticos riscos negros centralizados em cada uma minguaram como a Lua que
adormece. O pescoço comprido tombou ao chão, dispersando as águas como o resto
do corpo. O desafiante guardou os equipamentos atuais usados na luta — um
machado revestido de gelo, retirado de um baú que ajudava a conservar tanto
suas propriedades físicas quanto as especiais; e um escudo igualmente pequeno,
pensado para auxiliar em estratégias de escape, como rolagens laterais, caso a ocasião
pedisse. Já sabia o que fazer, e vasculhou com mais calma entre os escombros.
...Admito que poderia ter feito frente
à essa fera antes do embate contra o gigante das tempestades. De fato, a
passada prova seria até mais fácil. Enquanto procurava, pensava consigo
mesmo sobre seu trajeto e o seu desenvolvimento. Com toda a certeza dos deuses,
o grau de dificuldade do recente desafio seria de considerável a elevado, mas o
cavaleiro infelizmente não pode comprovar a hipótese pois já tinha derrotado
alguns bons dragões, os quais se converteram em grandes e variadas
adversidades. Ainda se perguntava, claro, o porquê de estar fazendo aquilo — de
persistir àquelas batalhas vans, e assim não avançar contra os seus reais
inimigos, aqueles que um dia queimaram a sua vila e a sua infância, por
exemplo. Porém, naquela e nas outras horas de fúria lhe vinha à mente a
afetuosa e calma efígie de sua avó Melina, recordando-lhe da sabedoria de que
“a sede de vingança nunca tem fim”. O desenvolver natural daquele mundo sombrio
cuidaria certamente dos antigos malfeitores, e, além do mais, eliminar os
bandidos não iria trazer sua família de volta.
...Pelo contrário, eu poderia dar
início a um novo ciclo...
v
— GRRGHH! — Algo chamou a atenção do homem
e ele subitamente olhou para trás. As mesmas árvores ao Sul balançaram, como se
o um vento forte gritasse desde o interior da floresta. Abaixo de seus pés, as
águas voltavam a ficar desordenadas e mais escuras, pressagiando o despertar de
uma criatura cujo som, familiar ao cavaleiro, permitia-lhe suspeitar de sua
identidade. O esmaecido olhar e a altiva postura eram inconfundíveis: o dragão
ainda não tinha se rendido, e parecia agora mais hostil do que antes.
— Você de novo? — ele maliciosamente riu
de seu infortúnio. — Pelo menos, podes me dar um desafio digno. Venha com
outras estratégias, dragão! Optarei pelas mesmas...
E assim, urros e clamores de armas eram
ouvidos novamente.
A batalha transcorria interessante, e ele
esquivava certa e destramente nos momentos de clímax. Graças aos anteriores
desafios, o seu equilíbrio já superava em muito as asas ágeis e cortantes da
criatura, porém tinha mais resistência a fogo do que à magia, e aqueles ataques
da atual fera representavam um grande problema. Ele imaginava que, relacionado
ao cenário em ruínas, o grande animal atacasse com veneno (substância menos
nociva do que o viscoso líquido vermelho que se impregnava às terras distantes);
contudo o que se colocava diante do homem não parecia ter sido concebido por
meios “naturais”, o olhar fosco e o retorno à vida emanavam outras atmosferas.
Cumprindo com sua palavra, ele usava
apenas o machado e o escudo na luta. Voando mais vezes e atacando mais com o
peso do próprio corpo, percebiam-se certas mudanças em estratégia da parte do
dragão, mas nada o bastante expressivo e hostil como os outros anteriormente já
enfrentados.
Sulcando a terra em movimentos de mergulho,
o animal dispersava as poças de água que lá estavam, aumentando a área em crateras
mais fundas que impediam o cavaleiro de rolar livremente para as laterais.
Ele corria sem cavalo a seus pés, e as
novas adversidades criadas lhe deram uma ideia: inconsequente e desmedida
talvez, mas era ainda assim seria uma estratégia surpresa.
Atiçou a fera chocando a arma contra seu
escudo, e o machado frio sobre a superfície metálica lhe deram uma sensação
agradável. À frente, o gigante logo percebeu e com um único salto encurralou o
homem. Este, pulou logo para trás e caiu em um buraco. O dragão apenas se
aproximou, abriu a bocarra, e se preparou para lançar mais um raio de magia
azul.
A cena faria certamente caçadores de
pequenos animais lembrarem-se de passatempos aos bosques e florestas. Como um
coelho ou toupeira que escapa da toca, o hábil humano ressurgiu em um impulso
corajoso. Contudo, teve de trocar a sua pequena rodela da mão esquerda pelo
grande e dourado escudo da árvore sacra, que guardava com todo cuidado ao seu
Mundo Cerúleo. Controlou bem o tempo, e assim que o tal raio varreu os céus de
cima abaixo, ele acionou a proteção extra que o trabalhado artefato ofereceria.
Apesar de não aprovar aquelas artes, estava curioso para ver como a proteção
agiria àquele contato, e protegeu seu inteiro corpo atrás dos metais
reluzentes.
O fluxo de magia foi repelido ao chocar-se
contra a superfície oval, e daquela vez foi o dragão quem sofreu com o seu
próprio ataque. Uma criatura mágica tinha resistência à magia, lógico, mas
certamente ela não esperava a perspicácia da indefesa presa. Com a mesma
rapidez, o desafiante bebeu do elixir de ataque e vigor, e, valendo-se
novamente da garra de dragão para direcionar mais ainda seu salto, alinhou as
duas miradas. Sentiu uma corrente fria crescer em seu âmago como poucas vezes
sentira, mas como guerreiro que era cuidou de distanciar o medo e as fobias
infantis. Criando para si uma sensação de choque térmico, ele esquentou seu
coração com o sopro de fogo, que diminuiu as defesas do agressor. Bastou um ou
dois golpes com a machadinha, e, pela segunda vez, mais um caminhante dos céus
tombou.
v
— Agora, será que posso? Espero que... — Ele
não era de falar sozinho, mas o sabor de mais uma vitória sempre trazia
consequências. Já fazendo cálculos para o futuro, pegou o seu talismã de
resistência a veneno, e trocou a curta arma pela longa e dourada alabarda,
combinando com seu atual escudo reluzente. Olhou para trás só mesmo para se
certificar: lá estavam os olhos de lolita, mais ferozes porém mais
dissimulados, como se em torpe habilidade tentassem intimidar o homem.
Ambos ficaram parados por um tempo, talvez
esperando o primeiro movimento um do outro. O cavaleiro observava a mesma
efígie de antes, mas com uma ressalva de que os cristais esverdeados pelo corpo
não eram tão mais claros. Apesar de o igual semblante altivo e da cordial postura
de antes, a fera já parecia mais hostil, reparando no novo brilho que o
desafiante também ostentava com suas armas. O desafio aumentava de intensidade
conforme as lutas e o tempo iam passando.
Caminhando destramente, o dragão, seja por
instinto ou estratégia, não olhava mais para a pequena figura à frente. Ao
contrário, olhava para o campo aberto, com as muitas crateras vazias espalhadas
pelo chão. Suas asas ajudavam a alcançar com certa rapidez cada uma, e de sua
boca expelia um líquido verde escuro que combinaria com as cores internas da
floresta.
— Vejo que fiz bem em usar esse talismã.
Muito bom, então. Evoluindo sempre em desenvolvimento. — Recalculava as rotas, provocando
o animal. O seu poder de garra do dragão o ajudava a se locomover
horizontalmente, valendo-se da antiga e já melhorada estratégia de pulos e
saltos. Usava tal tática na mão esquerda, e no lugar da arma ia com o escudo
dourado, que, apesar do peso, oferecia também ótima resistência ao raio de
magia da fera, que agora fundia-se em espiral com o veneno. Foi uma boa ocasião
também para treinar seu equilíbrio e sagacidade.
Enquanto avançava, não podia deixar de
pensar em qual novo poder iria reclamar para si com mais aquela fera derrotada.
Não sabia o motivo de não ter ganho um coração de dragão ao desafio anterior
(aquele dos planaltos e das tempestades); mas o fato não devia ser pela mesma
ou similar condicional do embate atual, porque ainda a “eterna e cansativa luta
sem fim” não tinha acabado. Pelo menos, o destino oferecia ao homem uma
sequência de batalhas mais dinâmicas, e os artifícios ilusórios de lá não eram
tão covardes e desleais de alguém que só busca vencer por truques ilícitos e
baratos.
Cara a cara com o perigo novamente,
desferia golpes de albarda; para impedir que o adversário voasse, o viajante
rapidamente usou de sua aljava com flechas comuns; e a fim de inverter as posições
de caçador e presa queimava a área ao redor fazendo um grande círculo de fogo
entre eles, inviabilizando escapatória. Afastou-se um pouco, e os ataques
giratórios e ferozes de cauda e mordida provocavam também danos ao herói.
Porém, não ligando para aquilo, sua certeza e confiança o fez atravessar a
parede incandescente com um salto destro pela lateral. Tomou certa distância. O
dragão já não mais o via. O último sopro acresceu-se às chamas já existentes...
O grande pescoço tombou mais uma vez.
v
— Ahhhh, não! Pelos Deuses! Era só o que
me faltava... — Procurava ali, no grande descampado assolado pela recente
batalha, quando... ouviu o mesmo urro fazer revoar os pássaros. Novamente, o
conhecido e pronto animal de cristais esverdeados e olhos roxo-foscos.
A fim de esfriar as coisas então, o
cavaleiro fez o primeiro movimento: com seu sopro de gelo afastou dali o fogo
que ainda dançava. Como consequência, ele conseguiu vedar as poças de veneno
que pelo cenário foram criadas. Já poderia com aquilo andar e quem sabe rolar
de forma mais tranquila, mas prezava ainda por não o fazer, pois não sabia até
qual peso a camada branca-azulada aquentaria.
O gigante à frente incorria com tudo pela
frente, preparando mais uma mordida fatal. Mas o cavaleiro de mesma forma
estava enraivecido, e apesar de o efeito do elixir já ter passado, não ligava para
o cansaço das três “tentativas”. Alabarda em punho de um lado, pescoço em riste
do outro, lançaram-se ambos como em prova de justa. Só então o homem percebeu
que não tinha usado evocações ainda em batalha, e seu largo estoque de mana o
permitiria tal proeza. Pensou em atacar mágica com mágica, mas chegou à conclusão
de que o grande corpo do animal teria resistência contra tal elemento, e, apenas
caso a situação fugisse totalmente de seu controle, optaria por trazer do
distante Mundo Cerúleo os arqueiros que outrora ajudaram à luta da ponte às
terras vermelhas.
Eles se entreolharam cara a cara
novamente, deveras próximos um do outro. Adotando uma postura mais agressiva, o
inconsequente cavaleiro manteve-se todo o tempo à barriga do inimigo, pois
assim viu que criava pontos cegos ao animal e de certa forma impedia a fera de
usar seu raio de magia, uma vez que o potente ataque funcionava melhor quanto
maior a distância do alvo. Ele sofria dano, claro, mas a ameaça já tinha também
reparado na longa arma do herói, e ela não atacava chocando seu corpo contra o
chão justamente por aquilo. Apesar do perigo constante, era uma trabalhada e inteligente
estratégia.
v
E,
quando a lua já estava surgindo, o confronto finalmente parecia ter chegado ao
fim. Ali, ao descampado de ainda vegetação rasteira e muitos elementos guiados
por trocas momentâneas de cenário, o brilho da lua parecia se intensificar. As
evocações voltaram ao seu mundo de origem, e o cavaleiro seguiu feliz e calmamente
pela frente. Estrondos e gosto de água se fizeram perceber; não demoraria a
chover.
Porém... não era apenas a chuva que se
avizinhava! Trocando destramente a alabarda pela machadinha, ele apertou
friamente em seu cabo. Olhos se reascenderam ao prenúncio da escuridão,
anunciando novamente, como se fosse a primeira vez, o brilho roxo-fosco.
— O que eu fiz pra merecer isso?! —
Enfurecendo-se, nem ligou para aquela pergunta ao léu. Motivado pela ira, pensou
em não usar mais o “inofensivo” tesouro, e apelar para a destrutiva arma
recentemente conquistada, no alto da colina das tempestades. Porém, lá de mesma
forma estava chovendo, e seria uma má ideia testar aquela espada de trovão à
atual condição atmosférica. Não contava no momento com suas botas e luvas de
cerâmica.
O homem avançava à fera pensando mil estratégias
e, emburrado como uma criança frustrada, indagando-se toda hora “o que fiz de
errado?”. E era extremamente injusto no sentido de que pela magia a ameaça
poderia sempre reviver, enquanto a vida do herói só era aquela... e nada mais;
ninguém zelaria por ele, e quebraria até mesmo seu código de honra se
pudesse... voltar do lugar onde ninguém volta. O homenzinho petulante ali não apareceria
como providência celestial e o pegaria com a gárgula, como real e atipicamente
fizera às também terras vermelhas.
Golpes e mais golpes vinham de todos os
lados, e as adrenalinas do embate não mais necessitavam de penduricalhos ou
talismãs para se conservarem altas. Gradativamente, o dragão se punha mais
hostil a cada luta, mas o brilho sepulcral do luar era também fértil para novos
lampejos de intelecto.
...
—
Vamos ver... — E usou seus últimos estoques de mana para novamente brandir o
sino e evocar seus dois goblins de pedra. Atacavam à distância com estrelinhas
azuladas que deviam ser da mesma fonte da inteira magia do gigante à frente.
Mas o evocador já estava cansado, apesar de bem desperto para a batalha, e já
previa a lógica resistência de seu corpo grande e apto frente aos ignóbeis
projéteis.
Foi ziguezagueando sem escudo mesmo até
próximo ao animal. Sua arma dançava ao ar como se estivesse em uma superfície
fluida. Rindo maliciosamente na cara do perigo, atraía o dragão para perto das
poças de veneno vedadas pelo gelo.
O machado esfriava-se ao se aproximar das
crateras, e, atento aos segundos, seu dono esperava. A habilidade inata da
arma, capaz de invocar pedras crescentes de gelo que se abririam em leque pelo
solo, seria incrementada pelo elemento já existente no cenário. O outro, de
mesma forma enfurecido e agora de pescoço mais baixo, parecia não suspeitar de
nada e perseguia a presa como gatos intimidam ratos. No momento preciso, o cavaleiro
bateu a arma no chão, e o impacto fez crescer os pingentes de gelo, quebrando
as camadas branco-azuladas que pela área se encontravam. O veneno ali guardado
subiu em explosão, e o estrategista não perdeu tempo: ordenou para que os
goblins lançassem suas estrelinhas cintilantes.
v
E... ele não escondeu a sua amarga
decepção quando... de uma hora para outra sentiu o conhecido grito pela sexta
vez, mas finalmente misturado de vitória, que invadia o seu coração! As
palavras da avó à cabana, quando ficava impaciente e buscava fazer as coisas
por ele só, podiam ser ao longe recordadas: “Tudo requer ciência meu jovem. Até
mesmo o que não aparenta ser deste mundo. Busque entender”.
Por mais que ele odiasse magia... a lua,
que já estava alta no céu limpo e sem estrelas, incidira seu brilho exatamente
sobre a tal chave — o artefato de ingresso pré-requisito e necessário à
academia. “Pré-requisito” e “necessário” daria quase no mesmo, é verdade, mas
ali os similares termos pareciam ter diferentes forças, pois ele conseguiu
visualizar o material apenas depois de seu guardião derrotado, e necessitava do
banal recurso para continuar firme em seu empenho. Tantas foram as estratégias,
pelos meios mais difíceis e árduos ao pensamento, mas a solução estava sempre
deveras perto; tão simples e fácil como a mágica que ali no cenário em questão
seria derrotada... pela própria mágica. Era isso, ou o cavaleiro tinha uma
conexão especial e inexplicável com dragões ou feras dracônicas.
Finalmente, varreu os escombros, descansou o dia consecutivo inteiro como lhe era de direito, e somente ousou adentrar ao polo do saber após treinar muito, voltando ao reino das montanhas vez ou outra, e curvando-se ao estudo e tolerância do que não sabia. (...) E assim terminou-se mais uma saga do herói, com disciplinas e palavras a seu ponto.